Raça Gir

Sobre a raça

Conhecido como o zebuíno de maior produtividade leiteira em clima tropical, o Gir Leiteiro teve origem na Índia, e chegou ao Brasil por volta de 1906. Hoje, a raça é importante para a pecuária leiteira, pois consegue alcançar níveis altos de produção de leite.

Atualmente, o Gir Leiteiro passa por um período de acelerado desenvolvimento. A pecuária leiteira de países tropicais necessita de opções que permitam uma exploração mais eficiente dentro de suas realidades econômica e ambiental. O Gir Leiteiro mostra-se como a raça preferencialmente utilizada em cruzamento com gado leiteiro europeu, contribuindo com leite, rusticidade, vigor e docilidade, características fundamentais para a produção econômica de leite.

Raça Gir - Fazenda Sesmaria

Por ser uma raça originária da Índia, um país tropical, e com muitas semelhanças das condições edafo-climáticas brasileiras, o Gir Leiteiro encontrou no Brasil ambiente propício para expressar seu potencial na produção de leite. A raça caracteriza-se pela resistência a endo e ectoparasitas. Outra característica é o sistema termorregulador que permite que a vaca tolere altas temperaturas sem entrar em estresse térmico, comum em outras raças leiteiras, principalmente as europeias. Tem grande capacidade de converter pastagens em leite, tornando o custo de produção da atividade mais baixo do que os animais confinados. Por apresentar maior rusticidade e resistência, a raça dispensa a grande utilização de medicamentos e carrapaticidas que deixam resíduo no leite.

O leite produzido pelas vacas Gir leiteiro é de grande qualidade nutricional. O Gir Leiteiro produz um leite com grande porcentagem de gordura e proteína, sendo assim um produto bastante apreciado pela indústria de laticínios. Outra vantagem é a produção do leite A2, que diminui a incidência de alergias a determinada proteína do leite, comum em outras raças leiteiras.

Raça Gir - Fazenda Sesmaria

Características do Gir Leiteiro

Aparência Geral
1- Racial

A cabeça deve apresentar perfil ultra-convexo, ser média, fina e seca, com a fronte larga e marrafa jogada pra trás, não podendo apresentar nimbure; chanfro reto, estreito e delicado; focinho preto e largo, úmido, com narinas dilatadas; lábios grossos e firmes, boca grande e olhos de formato elíptico, brilhantes e de pigmentação escura, protegidos por rugas da pálpebras superiores e cílios pretos.

As orelhas de comprimento médio devem ser penduradas, começando em forma de tubo enrolada sobre si mesma, abrindo em seguida para fora, curvando para dentro na ponta e voltada para a face (“gavião”). Os chifres devem ser escuros, simétricos, grossos na base, saindo para baixo e para trás, de seção elíptica se dirigindo para cima e curvando para dentro, de preferência.

2– Pele e Pigmentação

Os pêlos devem ser finos, curtos e sedosos. A pele deve ser preta ou escura, o que lhe proporciona tolerância à incidência solar, devendo ser ainda solta, fina e flexível, macia e oleosa, sendo que no úbere e região inguinal deve apresentar cor rósea.

3 – Feminilidade

A vaca Gir Leiteiro deve apresentar ossatura forte e limpa. Quanto à angulosidade, o animal deve ter formato triangular, visto de lado, de frente e por cima, com grande capacidade respiratória, cardíaca e digestiva, com garupa ampla. O Pescoço deve ser médio, leve, oblíquo, alto e bem inserido à cabeça e harmoniosamente implantado ao tronco, com musculatura pouco evidente, descarnado, no entanto, no bordo superior, a musculatura apresenta-se mais desenvolvida. A barbela deve ser média, enrugada, solta e flexível, começando bífida debaixo da ganacha.

4 – Dorso-Lombo

Deve apresentar a região dorso-lombo longilínea, tendendo a retilínea, ampla e forte. A linha dorso-lombar deve ser proporcional ao conjunto do animal, equilibrada quanto à horizontalidade e largura, comprida no dorso (correspondente às vértebras torácicas e sustentação do costado, abrigando pulmões e coração), larga no lombo (correspondente às vértebras lombares, abrigando o aparelho digestivo e útero gestante), seguindo com a bacia comprida e ancas largas e aparentes.

5 – Garupa

A garupa vem reunir vários aspectos: largura, comprimento e nivelamento, que irão refletir numa melhor ou pior conformação de pernas, pés e do úbere, bem como à facilidade de parto. Os íleos e ísqueos devem ser largos e espaçados, guardando as devidas proporções. Deve possuir um bom nivelamento de garupa, com inclinação entre íleos e ísquios (ângulo da garupa) de 200 a 300. O osso sacro não deve ser saliente.

Características Funcionais

Capacidade Corporal – Cardio/Respiratório/Digestivo

1 – Tórax

Deve ser amplo e profundo, devendo apresentar costelas largas e longas, oblíquas e chatas, bem arqueadas, afastadas entre si, sem acúmulo de gordura, indicando grande capacidade cardio-respiratória.

2 – Capacidade Digestiva

O abdômen deve ser longo, largo, limpo e alto. Deve ser volumoso permitindo visualizar a forma de “barril”, indicando grande capacidade digestiva.

3 – Estrutura Corporal

Uma boa vaca produtora de leite deve ter altura e comprimento compatível com sua idade. O ideal são animais de tamanho mediano, pois são os mais eficientes em um sistema de produção a pasto.

4 – Flanco

Os flancos (vazios) devem ter pele fina e evidente e apresentar ligeira concavidade.

Sistema Mamário

1 – Úbere

Deve ser amplo, comprido, largo e profundo, apresentando grande capacidade de armazenagem de leite, volume compatível com a idade e estádio da lactação, fazendo pregas quando vazio. A consistência deve ser macia e elástica (glandulosa) e não fibroso (carnudo). Seu piso deve ser nivelado e não ultrapassar a linha do jarrete. Deve apresentar ainda proporcionalidade entre a parte anterior e posterior. Os quartos anteriores devem se apresentar avançados para frente e aderidos ao ventre e os quartos posteriores bem projetados para trás e para cima.

2 – Ligamento Central

Possui grande importância em vacas produtoras de leite. Deve ser forte e bem evidente, pois irá garantir a sustentação e integridade do úbere que deve estar bem aderido à região inguinal. Quando visto por trás, evidencia-se o sulco do ligamento suspensor central. Está diretamente ligado à longevidade do úbere e permanência do animal no rebanho.

3 – Quarto Posterior

Responsável por 60% da produção de leite. Deve ser amplo e volumoso, com ligamentos fortes e bem aderidos na região inguinal.

4 – Quarto Anterior

Deve ser amplo e volumoso, com inserção suave no abdômen, possuindo ligamentos fortes e bem aderidos.

5 – Tetas

Devem se apresentar íntegras e simétricas, ter comprimento de 5 a 7 cm, diâmetro de ± 3,3 cm, espaçadas entre si, centradas no quarto, verticais e paralelas, perpendiculares ao solo.

6 – Vascularização

Deve ser bem conformada e com bastante drenagem através de diversas veias aparentes, tortuosas, de preferência ramificadas e penetrando por dois ou mais orifícios, além de possuir, no abdômen, veia mamária de grosso calibre.

Sistema Locomotor

1 – Membros Anteriores

Os membros anteriores devem ser de tamanho médio com ossatura forte; espáduas compridas e oblíquas, inserindo harmoniosamente ao tórax, o braço e antebraço com musculatura pouco evidente, com joelhos e mãos bem posicionados. O ângulo dos pés deve ser de aproximadamente 45o.

2 – Membros Posteriores

As pernas devem ser limpas, mas com boa cobertura muscular, não devendo apresentar culote pronunciado, com tendões e ligamentos evidentes. Vistos por trás, os membros posteriores devem ser bem afastados um do outro para dar lugar a um úbere volumoso. Deve possuir aprumos íntegros, com articulações fortes, angulação correta e jarretes bem posicionados. O ângulo das quartelas nos cascos deve ser de aproximadamente 45o.

Tipo Ideal (Modelo)

As Doadoras GIR

. AFRODITE FIV SESMARIA
. ATENAS FIV SESMARIA
. BALI FIV DA MUTUCA
. IMPEÇA FIV DA CAL
. INFRAÇÃO FIV DA CAL
. NOVIÇA FIV DE BRASÍLIA
. OBJEÇÃO DE BRASÍLIA
. FANTASIA FIV FARDO AB GAMELEIRA

Sumário de Touros

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Fazenda Sesmaria
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A Fazenda Sesmarias está localizada no município de Tarumirim - MG, voltada para a produção de leite a pasto e produção genética.

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